Investidores acham que 3 em cada 10 empresas elétricas negociadas em Bolsa valem menos do que o declarado em seus balanços.
Dados da consultoria Economática mostram que 10 entre 31 companhias do
setor têm valor de mercado (que é determinado pelo preço de negociação
de suas ações) inferior ao patrimonial.
O caso mais extremo é o da Eletrobras, que era cotada ontem por pouco
mais de 10% do valor patrimonial (que é a medida de quanto vale uma
empresa, considerando a soma de seus ativos e descontando suas dívidas).
O valor de mercado da estatal e de outras elétricas (como Ceb e
Ceee-GT) já era inferior ao patrimonial, mas essa relação tem piorado.
Elétricas que apresentavam valor de mercado superior ao patrimonial,
como Cesp e Eletropaulo, também sofreram forte deterioração nas últimas
semanas.
"O modelo regulatório do setor ficou menos previsível", diz Frederico Sampaio, chefe de renda variável da Franklin Templeton.
"Sem previsibilidade, os investidores fogem do setor", diz José Luis Carvalho, sócio de energia da KPMG.
Segundo Sampaio, o valor de mercado inferior ao patrimonial indica que o
investidor espera que o retorno da empresa será inferior ao seu custo
de financiamento.
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Fonte: Folha de S.Paulo |
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