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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

BDO descobre no pré-sal novo campo para área de auditoria



A BDO Brazil, empresa de auditoria, contabilidade e consultoria sediada em São Paulo, já decidiu quais serão seus grandes focos de atuação em 2013: companhias do setor de agronegócio (em especial em praças onde estas pertençam ao universo do middle market, o das pequenas e médias empresas, as PMEs); consolidação de seu posto como 5ª maior empresa do País em seu ramo de negócios; e, principalmente, a penetração no mais que promissor setor de óleo e gás. "A extração do petróleo do pré-sal gerará uma demanda expressiva por auditoria e consultoria, em especial nas cidades litorâneas do sudeste, onde todo o trabalho para tanto ficará concentrado", observa Raul Corrêa da Silva, presidente da BDO Brazil.

Em entrevista ao DCI, ele revelou números da empresa: "Neste ano teremos um faturamento de R$ 71 milhões. Em 2013 o objetivo é que este valor passe de R$ 85 milhões, e em 2014 queremos que nosso faturamento atinja a marca histórica de R$ 100 milhões". E como se divide a origem dos ganhos da empresa? "Entre 9% e 10% de nosso rendimento anual vem de serviços de contabilidade. Consultoria gera 20% do faturamento, e os restantes 70% vêm de atividades de auditoria e impostos." A BDO acaba de vencer o Prêmio DCI às Empresas Mais Admiradas na categoria Auditoria, Consultoria & Contabilidade.

Big 5

Tanto no ranking internacional quanto no nacional das maiores firmas de auditoria e consultoria, a BDO figura na 5ª posição. As 4 primeiras colocadas - também em ambos os rankings - são, em ordem decrescente: PriceWaterhouseCoopers (PwC), Deloitte, Ernst & Young e KPMG. O diferencial da BDO Brazil em relação a tais concorrentes, frisa Corrêa da Silva, é o foco nas PMEs. "Temos em nosso DNA o atendimento ao middle market. As companhias desse tipo geralmente são tocadas pelo proprietário, o que contribui muito para otimizar os resultados de nosso trabalho de consultoria. Por exemplo, damos conselhos olhando no olho do dono da empresa, e eles são implementados e geram resultados muito mais rapidamente por este motivo."

A propósito, não é apenas no código genético da BDO que está o atendimento às PMEs; seu presidente, Corrêa da Silva, também construiu sua história de consultor focado em tais organizações. "Comecei minha carreira na Arthur Andersen em 1976, e já em um departamento chamado Small Business", conta o profissional. De lá para cá ele passou - e liderou - por outras companhias do setor, sempre focado no atendimento às PMEs.

Meritocracia

Isto não significa, porém, que grandes empresas não sejam também atendidas pela BDO. Várias das clientes da consultoria, aliás, têm ações negociadas em bolsa - algo típico de corporações de maior porte. "Em março de 2011 tínhamos 3 companhias de capital aberto como clientes; hoje temos 45", comemora Corrêa da Silva. Ele acrescenta que seu objetivo é fechar 2013 atendendo a 60 empresas de capital aberto. Valisere, Marfrig, Tectoy, Credit Suisse e Laselva são algumas das empresas que, no Brasil, usam os serviços da BDO.

Além das players do setor de óleo e gás, a BDO quer em 2013 aumentar seu portfólio de clientes das áreas de construção civil, varejo e finanças. A consultoria fechará o ano com 13 escritórios em todo o Brasil e, em 2013, abrirá mais 3: Salvador, Cuiabá e Belém. Hoje cerca de 1.100 clientes são atendidos por quase 650 colaboradores. O sistema interno da consultoria é fortemente meritocrático, garante Corrêa da Silva. "Quem entra como trainee na BDO já chega sabendo que tem grandes chances de se tornar sócio. É assim que mantemos nossos talentos." O executivo frisa que 13% do tempo de trabalho na companhia é gasto com treinamento de pessoal.

Contra o rodízio
Uma das questões que vêm polarizando o debate no setor nacional de auditorias é a obrigatoriedade do rodízio de firmas, imposta ao mercado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A medida tem por objetivo evitar que haja um excesso de familiaridade entre a empresa auditora e a companhia auditada. A este respeito, a BDO tem uma posição clara: "Somos contrários ao rodízio obrigatório", adianta Corrêa da Silva. "Hoje já existem meios de evitar o excesso de intimidade entre auditor e auditado sem este mecanismo, que é anticoncorrencial. Basta trocar periodicamente, dentro de uma mesma auditoria, o quadro de funcionários que fiscalizam cada empresa."

Polêmicas à parte, ele diz estar orgulhoso com a vitória conquistada pela empresa que dirige no Prêmio DCI deste ano. "Este reconhecimento, que surgiu de nossos clientes e de nossos pares no mercado, nos enche de felicidade. Este prêmio vem de um trabalho sério e duro que desenvolvemos, e o recebemos com muita alegria", finaliza Corrêa da Silva.
 
Fonte: DCI – SP 

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